Revista Escritos
http://hdl.handle.net/20.500.11997/17055
2024-03-28T19:56:04ZRelações entre poema visual e livro na poesia concreta brasileira
http://hdl.handle.net/20.500.11997/18235
Relações entre poema visual e livro na poesia concreta brasileira
Guimarães, Júlio Castañon
O artigo aborda a produção de poemas visuais do grupo concretista brasileiro (Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari), bem como de alguns outros autores que posteriormente se afastaram do grupo. Procura mostrar como a composição de vários poemas desses autores envolve elementos que ultrapassam o espaço ou a conformação habitual da página. Os elementos visuais que constituem os poemas implicam uma modificação na leitura da página, na manipulação da página, em como essa página se integra ao conjunto do livro, e consequentemente no próprio projeto gráfico do livro.
2017-01-01T00:00:00ZConsumo, deslumbramento, “bobagens de nosso daydream diário”: o iluminismo na era da luz neon
http://hdl.handle.net/20.500.11997/18234
Consumo, deslumbramento, “bobagens de nosso daydream diário”: o iluminismo na era da luz neon
Moya, Sérgio Delgado
Na poesia concreta brasileira, especialmente em Poetamenos de Augusto de Campos, a fascinação serve como mediação do desejo num mundo dominado pela lógica mercantil. A fascinação serve como manipulação, mas serve também como distração e diversão, como deriva e como desvio. Na poesia concreta, a fascinação é o que nos faz desviar a leitura do mais eficiente e utilitário na linguagem: sua pretensão de claridade, de transparência na comunicação. A poesia sempre foi excesso, encanto, exuberância, e os poemas de Poetamenos reivindicam a capacidade da linguagem para condensar sentidos densos, concretos. A cor, a forma visual e a textura cumprem papéis centrais nos modos de fazer sentido ensaiados nesses poemas, que atraem leitores de um jeito que imita mas que não é redutível à logica do consumo capitalista. A poesia e linguagem da cultura de consumo, conjugadas como estão na poesia concreta, diferem na sua substância e nas suas intenções, mas nem sempre na sua aproximação à linguagem como material constitutivo.
2017-01-01T00:00:00ZTradição auditiva e mímesis: uma possível aproximação da linguagem de Guimarães Rosa
http://hdl.handle.net/20.500.11997/18233
Tradição auditiva e mímesis: uma possível aproximação da linguagem de Guimarães Rosa
Faria, Regina Lúcia de
Para abordar a linguagem rosiana, o ensaio pretende fazer uma leitura do conto “Cara-de-Bronze”, de João Guimarães Rosa, tendo em vista a noção de tradição auditiva desenvolvida por Luiz Costa Lima. Como se procurará mostrar, a escrita resultante da auditividade pode propiciar a produção de uma linguagem alusiva, não conceitual, portanto, metafórica, base da mímesis artística.
2017-01-01T00:00:00ZO poeta enfastiado: Álvares de Azevedo, crítico do Romantismo
http://hdl.handle.net/20.500.11997/18232
O poeta enfastiado: Álvares de Azevedo, crítico do Romantismo
Cunha, Cilaine Alves
O texto apresenta uma abordagem da obra de Álvares de Azevedo, considerando seu diálogo crítico com princípios e práticas artísticas em voga na época. O poema “A lagartixa” satiriza a permanente reprodução da lírica de amor. Em “Luar de verão”, o enfrentamento de algumas tópicas românticas vale-se de uma ironia sutil, às vezes sarcástica, e aponta para o traço metapoético de sua obra. Algumas obras do autor tematizam a derrocada de gêneros e procedimentos poéticos tradicionais enquanto espera o surgimento de novos fundamentos artísticos e tendências poéticas.
2017-01-01T00:00:00Z