Abstract:
O jornal pioneiro na imprensa judaica em inglês nos Estados Unidos foi o mensal The Jewish [O Judeu] (Nova York, 1823-1825), que visou contrabalançar as atividades missionárias cristãs. O primeiro semanário apareceu em 1843: The Occident [O Ocidente], de Isaac Lisser, na Filadélfia. Os anos de 1880 foram anos de crescimento da imprensa iídiche estimulada pela massiva imigração proveniente da Rússia e pela formação do movimento trabalhador judeu. Mas já em 1872, o primeiro semanário em hebreu, Ha-Tsofé Ba-Aretz ha-Hadasha [O Observador do Novo País], apareceu em Nova York. A transformação do iídiche dos novos imigrantes de um meio oral e verbal para um conjunto de sinais impressos foi inicialmente repleta de dificuldades. O primeiro periódico em iídiche nos Estados Unidos foi Die Post [O Correio], de Henry Gerson, em 1872. A imprensa hebraica foi realizada principalmente por jornalistas e intelectuais judeus da Europa central e oriental, que transferiram para a América não só seu interesse pela comunidade judaica europeia e sua problemática, mas também suas batalhas ideológicas e os conflitos profissionais (tais como M.L. Rodkinssohn, o “Hassid esquerdista”, assim como seu principal crítico e detrator Ephraïm Deinard). Outros fugiram das perseguições políticas, como A.S. Liebermann, o redator-chefe do primeiro jornal socialista em hebreu Ha-Emet [A Verdade]. O primeiro diário em iídiche, Yiddishe Tagenblatt, apareceu em 1885. Em 1897, o famoso radical militante “Abe” Cahan fundou Forverts [Adiante], o “maior diário iídiche do mundo”, primeiro socialista, depois sionista. Nos anos de 1920, a imprensa iídiche nos Estados Unidos conseguiu definir a identidade judaica (especialmente a da classe trabalhadora) mais do que qualquer organização ou movimento. A “americanização” progressiva das notícias e as anteriores coortes de imigrantes encerraram a “idade do ouro” da imprensa iídiche americana. Mas ela se espalha para outras diásporas judaicas no exterior, como na América Latina, enquanto a imprensa hebraica encontra quase exclusivamente o seu principal centro cultural e industrial na Palestina.