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O poeta simbolista João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis, Santa Catarina, em 24 de novembro de 1861. Além de poeta, também atuou como jornalista e professor. Filho de escravos alforriados pelo marechal Guilherme Xavier de Sousa, foi acolhido pelo marechal e sua esposa como filho. Estudou na melhor escola secundária da região. No entanto, com a morte dos protetores, foi obrigado a largar os estudos e trabalhar. Foi perseguido por questões raciais, o que culminou na proibição de assumir o cargo de promotor público em Laguna. Em 1881, conheceu Virgílio Várzea, com quem redigiu a Tribuna Popular, onde o poeta veiculou sua campanha abolicionista, e com quem publicou Tropos e fantasias. No Rio de Janeiro; conheceu, entre outros, o amigo e admirador Nestor Vítor, que lhe dedicou estudos importantíssimos e cuidou de sua obra póstuma. O convívio com Nestor Vítor, homem de cultura vasta, foi fundamental para o aprofundamento intelectual de Cruz e Sousa. Em 1890, transferiu-se em definitivo para o Rio de Janeiro e, por intermédio de Emiliano Perneta e Oscar Rosas, começou a colaborar em periódicos, como a Folha Popular, a Cidade do Rio e a Revista Ilustrada. Ganhou os epítetos de “Dante negro”, “Cisne negro”, entre outros. Em 1895 conhece o jovem e admirador que viera ao Rio de Janeiro somente para conhecê-lo: Alphonsus de Guimaraens, que mais tarde se tornaria outra referência do simbolismo brasileiro. Em 1893 publicou Missal, poemas em prosa, e Broquéis, poesias, obras definitivas para a poesia simbolista brasileira. Morreu em Sítio, Minas Gerais, em 19 de março de 1898. |
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