Abstract:
A partir de um conjunto de cartas trocadas entre o escritor mineiro Murilo Rubião e a escritora portuguesa Ana Hatherly, o artigo tece uma série de considerações sobre a natureza da correspondência de escritores e as dificuldades que esta coloca para o pesquisador. Distância e escrita, materialidade e imaterialidade, o controle do arconte (Derrida) sobre os documentos são algumas das questões visitadas aqui. A argumentação se apoia também na palavra “poeira” como metáfora operacional proposta por Carolyn Steedman.