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O presente texto analisa a transformação, em tempos de globalização, de uma região no Rio
de Janeiro, composta de uma pequena área industrial e uma grande área de favelas. Nas suas franjas
verifica-se o surgimento de um novo território: um território de resistência, híbrido de moradia,
trabalho e cultura. A ênfase do trabalho recai sobre os processos de formação e de transformação dos
espaços arquitetônicos e urbanos, que se constituem em lugares e territórios, assim como sobre a
relação entre a cultura emergente e a cidade existente. A partir de uma contextualização do objeto,
apresenta-se um pequeno histórico do referido território, e as ações culturais que o transformam.
Seguem-se análises, questionamentos e reflexões que entrelaçam o objeto, seus principais agentes e os
processos que engendram. Por ser um estudo transdisciplinar, a sua base teórica e conceitual provém de
autores de diversos campos do conhecimento. Trabalhamos inicialmente com o conceito de hibridação,
apoiados em CANCLINI N. (1999 e 2008), que analisa as mesclas, reconversões e reabilitações que
ocorrem em tempos de globalização, recusando a fixação em disciplinas isoladas e conceitos rígidos, e
privilegiando as premissas de heterogeneidade e de hibridação. Recorremos ainda aos conceitos de
espaços opacos, formulados por SANTOS M. (1994) e de espaços de resistência formulados por
HOLSTON J. (1996), associando-os às manifestações culturais enquanto formas de resistência a forças
de exclusão social |
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