Description:
O presente Guia do acervo do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira
(AMLB) se insere na proposta de publicação de instrumentos de pesquisa, iniciada com a série Inventários analíticos.
Um inventário analítico busca dotar pesquisador, e usuários em geral, de informações sobre o conteúdo dos documentos ali contidos. Já um
guia tem por objetivo oferecer uma visão panorâmica dos acervos sob a
custódia de uma determinada instituição.
Assim é que a publicação que ora apresentamos se caracteriza por “guiar”
os usuários em meio aos 127 titulares que integram o AMLB, constituindo-
-se num primeiro passo rumo à fonte literária que realmente lhes interessa.
Na verdade, no âmbito dos arquivos, instrumentos de pesquisa, como
inventários, guias, catálogos e repertórios, se traduzem em pontes que
unem usuários e documentos na medida em que facilitam o acesso dos
primeiros às fontes que buscam.
O AMLB possui trezentos e trinta e sete metros lineares de arquivos de
escritores brasileiros que representam diferentes movimentos literários. Assim, em relação ao parnasianismo, constam, dentre outros, Antônio Sales e
Bastos Tigre; no que tange ao simbolismo, destaca-se seu maior representante no Brasil, Cruz e Sousa; já entre os modernistas estão Manuel Bandeira,
Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade, para citar apenas alguns.
De acordo com o presente guia, dos 127 arquivos sob a custódia do AMLB,
30% encontram-se totalmente organizados e disponíveis na base de dados;
57% encontram-se parcialmente organizados; e 13% aguardam o devido tratamento técnico. Há que se registrar que o fato de estes arquivos não terem
sido ainda organizados não se traduz em impedimento para a consulta, uma
vez que os acervos podem ser acessados in loco por todos os interessados.
Paralelamente aos arquivos dos escritores contemplados neste guia, e
que se caracterizam por uma acumulação natural e orgânica, o AMLB reúne
conjuntos documentais coletados por terceiros de maneira aleatória. Neste
caso tais documentos não se caracterizam como arquivos, mas sim como
coleções. É o caso da coleção Machado de Assis, Capistrano de Abreu, Mário da Silva Brito, e muitos outros, num total de 648 titulares. Importa esclarecer que, embora separados pelo cumprimento dos preceitos teórico-metodológicos da área arquivística, as coleções documentais a que nos referimos encontram-se totalmente identificadas e igualmente abertas à consulta.