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Este trabalho analisa a construção do Jornalismo Estudantil feito por grupos de
estudantes de ensino médio nas escolas públicas do Ceará através da ONG
Comunicação e Cultura. Pretendeu-se, com isto, compreender e interpretar o caráter
singular do espaço que esse tipo de mídia proporciona ao fomentar teias complexas de
relações e significados muitas vezes conflitantes entre jovens e gestores educacionais,
ao mesmo tempo em que põem em movimento suas políticas de cultura ao articular-se
com bandeiras minoritárias e outras movimentações de juventude fora da escola. Para
analisar este laço constitutivo entre as diversas e divergentes culturas e políticas
emergentes naquele espaço público recorreu-se às reflexões de autores como Antônio
Gramsci, Hannah Arendt e Jesus Martin-Barbero. Foram analisados discursos e ações
dos sujeitos envolvidos na produção de jornais entre os anos de 2004 e 2005 nas escolas
do município de Maracanaú, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza,
perfazendo um total de cinco grupos ou Clubes do Jornal. |
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