Resumo:
No fim dos anos 1920, recém-convertido ao catolicismo romano, Alceu Amoroso Lima (1893-1983)
assumiu a liderança do laicato nacional, notabilizando-se pela fidelidade ao projeto de neocristandade da
Igreja brasileira, ideário prosélito na fé e anticomunista politicamente. Porém, pouco tempo depois, já nos anos 1940, Amoroso Lima, de forma bem nítida, vai se distanciando da tradicional associação entre fé católica e pensamento autoritário direitista. Com o passar do tempo, ganha corpo o processo gradual, cauteloso e não retilíneo de revisão do registro eclesial de Alceu, câmbio que o levará ao catolicismo liberal e à defesa da democracia, marcas de sua posterior militância, mudança que foi objeto de estudo de maior fôlego no passado.
Descrição:
O argumento central deste texto foi apresentado, de forma apenas oral, no I Encontro Intermediário do GT Pensamento Social no Brasil, da Anpocs, realizado em novembro de 2007, no Rio de Janeiro. Agradeço a André Botelho e Lilia Schwarcz, pelo honroso convite para participar do evento, e a Isabel Lustosa que, com carinho, criticidade e competência, foi a debatedora escalada para a Mesa de que fiz parte. Naturalmente, os deslizes porventura ainda presentes neste texto são de minha exclusiva responsabilidade.