Resumo:
Claro que é plausível subordinar a tarefa do comentador à do intérprete. Numa infinidade de variações práticas e permutações funcionais, interpretar sempre e inevitavelmente é a identificação do sentido de um dado artefato. Embora seja verdade que, quase sempre, a interpretação pareça ser a projeção de um sentido que o intérprete inventou (sendo que, em última instância, fica realmente difícil deixar clara a distinção entre identificação do sentido e projeção de sentido), associamos o conceito e a prática da interpretação, não com a liberdade de projetar sentido, mas com a tarefa de identificar o sentido dado “no” texto (ou “em” qualquer outro objeto de referência), independentemente do intérprete e anterior à interpretação.