Resumen:
Este artigo enfoca duas atrizes: a francesa Sarah Bernhardt, que se apresentou nos palcos do Rio de Janeiro duas vezes, durante o Segundo Reinado, e uma vez, durante a República, e a brasileira Cinira Polonio, artista famosa e empresária importante da Belle Époque carioca. Elas atuaram no teatro em um período de transição, no que diz respeito à inserção do sexo feminino nesse meio, e simbolizaram a “Nova Mulher” – termo muito em voga nos anos de 1890. Elas representaram e refletiram conflitos e questões sobre gênero e sobre o comportamento recomendado para as altas sociedades carioca e francesa. As suas experiências foram distintas das de suas empregadas, de costureiras e das atendentes que as serviam. No entanto, ao examinar as maneiras como essas duas mulheres negociaram as mudanças significativas de gênero nesse período, podemos entender como essas mudanças afetaram pessoas de outras classes sociais.