Resumo:
O objetivo deste artigo é tentar compreender as razões que, no fim do século XVIII e no século XIX, presidem à escolha do inglês ou do francês como língua de redação de um certo número de periódicos publicados em países onde nenhuma dessas duas línguas era normalmente falada. Está claro que as tipologias utilizadas, até aqui, para classificar a imprensa alófona – imprensa de imigração, imprensa de exílio, especialmente – não permitem caracterizar bem os jornais anglófonos e francófonos que floresceram nesta época. Os periódicos em francês se endereçam às elites esclarecidas e a pequenas comunidades de exilados; os que são redigidos em inglês, aos viajantes cosmopolitas, aos “expatriados voluntários” e aos residentes de áreas sob influência britânica.