Resumen:
O trabalho consiste na análise de práticas documentais e de classificação utilizadas no processo de musealização de imagens, produzidas na década de 1840, em que negras de
ganho foram representadas na cidade do Rio de Janeiro. Foram analisadas as gravuras produzidas pelos artistas viajantes Paul Harro-Harring, Eduard Hildebrandt e Lopes Cabral
Teive salvaguardadas no acervo do Instituto Moreira Salles (IMS) Rio de Janeiro. Almejou-se abordar as apropriações de tais representações pela instituição com o objetivo de apontar eventuais implicações em pesquisa, difusão e perpetuação de memórias relativas às mulheres negras de ganho em âmbito museológico considerando o período entre 2008 e 2019. O artigo baseia-se em dados fornecidos pelo IMS Rio para a compreensão sobre a preservação e documentação de coleções e o sistema documental em questão, disponíveis para acesso no site do instituto, tendo algumas delas figurado em exposições de curta duração.