Resumo:
Cada vez mais os estudos sobre arquivos pessoais, particularmente os arquivos de escritores, ganham mais força e corpo sistemático nos estudos literários brasileiros. De natureza polimórfica e polissêmica, o arquivo é sempre atravessado por diferentes materialidades que o constituem, obrigando-nos a produzir investigações marcadas pela diversidade e pela interdisciplinaridade. Este artigo, misto de relato pessoal, quer contribuir para (re)pensarmos o lugar do arquivo e de suas dinâmicas constitutivas nos atuais estudos sobre literatura, memória e autoria. Para tal, vou relembrar e problematizar a minha primeira experiência na pesquisa arquivística, ainda como aluno de pós-graduação; num segundo momento, já como professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Quero fazer memória do meu período na direção do Acervo dos Escritores Mineiros daquela universidade, relembrando dos problemas e dos avanços conquistado