Resumen:
O presente artigo propõe uma reflexão acerca do desafio contemporâneo de
pensarmos políticas e gestões públicas voltadas para a diversidade cultural. Traçamos uma
breve análise de como a diversidade cultural vem sendo tratada como objeto de políticas
culturais e gestões públicas no Brasil, como também no campo epistêmico (pluri, multi e
interculturalismo). Avançamos no sentido de pensar o caráter relacional das diferenças que a
diversidade cultural demanda e, para isso, encontramos nos estudos descoloniais um horizonte
crítico que nos possibilita vislumbrar paradigmas outros que nos ajuda a enfrentar o desafio
posto. Um paradigma outro que reclama uma perspectiva intercultural para as políticas e a
gestão da cultura, onde exercer os direitos culturais é também exercer o direito de ser e pensar
diferente, combatendo a hegemonia de uma monocultura moderna colonial. No centro dessa
questão está a necessidade de um estado pluriétnico e pluricultural que reconheça a
diversidade de etnias e culturas que conformam uma nação e que precisam ser pensadas e
desenvolvidas equitativamente através de políticas e gestões públicas interculturais.