Resumo:
Salta aos olhos, nos últimos anos, as mudanças político-institucionais devotadas
ao tratamento da cultura no âmbito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). Este trabalho busca capturar a direção e o teor dessas mudanças. Os
documentos e os números publicados pelo banco atestam a progressiva institucionalização do
tema da economia da cultura e da economia criativa no interior da sua agenda institucional,
mobilizando um conjunto de justificativas que condensam criatividade, diversidade e
desenvolvimento. A reflexão é conduzida por um argumento de fundo: o BNDES, assim como
a FIRJAN, a FECOMÉRCIO, o SEBRAE e o MINC, buscam se locomover, potencializar e se
posicionar no interior de uma configuração mais ampla e decisiva, a expansão e
complexificação do capitalismo cultural brasileiro.
Descrição:
Este trabalho e os seus resultados são parte de uma ampla agenda de pesquisa, empreendida pelo Grupo de
Pesquisa Cultura, Memória e Desenvolvimento (CMD/Cnpq), intitulada Por uma economia simbólica do
entretenimento, coordenada pelo prof. Dr. Edson Farias (UnB/Cnpq).