Resumo:
Neste ensaio, procuro desenvolver algumas reflexões iniciais, acerca das atuais
ações de “formação” para as culturas populares. Nos últimos anos, a relação do poder público
com as manifestações de cultura popular passou por um intenso processo de
institucionalização e burocratização. Estas mudanças, se por um lado parecem ter sido
necessárias para garantir isonomia e transparência, por outro, têm gerado inúmeras
dificuldades para determinados segmentos. Tentando minimizar tais dificuldades, o poder
público, tem desenvolvido uma série de ações de “capacitação”, como forma de
instrumentalizar os agentes a operar os mecanismos recém-criados. Apesar disto, discute-se
até que ponto estas políticas são adequadas, diante das particularidades do universo de
manifestações, como o maracatu de baque solto.