Resumen:
Por diversos setores da sociedade porto-alegrense, a presença mbyá-guarani no
centro da cidade é considerada como conflitante com as normas de proteção da infância. Os
indígenas, por sua vez, afirmam que estão agindo em conformidade com suas práticas
culturais. A partir desta polêmica, o artigo apresenta as ações e respectivos referencias –
vozes indígenas; reflexões do antropólogo Roy Wagner sobre a “cultura”; antropologia da
infância; etnologia mbyá-guarani; pareceres do órgão indigenista federal – adotados pela
Secretaria Municipal de Direitos Humanos/Prefeitura de Porto Alegre como suporte na
abordagem de soluções administrativas que visam efetivar no âmbito das políticas públicas
específicas o princípio constitucional do direito à diferença.