Resumo:
Políticas de âmbito local e urbano possuem maior potencialidade e liberdade para
identificar, responder e provocar novas dinâmicas culturais. No entanto, apesar de
reconhecidos avanços ocorridos na última década, as políticas culturais municipais - raras
exceções - continuam presas ao modelo e lógica da democratização cultural; ao insistir em tal
lógica perderão cada vez mais espaço no conjunto de políticas públicas e com seus supostos
beneficiários, considerando uma sociedade em constante devir. O artigo traça um breve
panorama de políticas e documentos orientadores de políticas culturais e ressalta a urgência de
novos traçados das mesmas no sentido de contemplarem as territorialidades conformadas pelo
cruzamento de linguagens e práticas de ambientes físicos e digitais.