Resumo:
O governo João Batista Figueiredo (1979-1985) caracterizou-se, em seu início,
pela proposta de abertura política e promoveu mudanças na estrutura do aparato cultural do
Estado. As nomeações de Aloisio Magalhães para o IPHAN e a de Celso Amorim para a
presidência da Embrafilme, em 1979, apontavam no sentido da inovação e da ampliação do
debate cultural, bem como da formulação de uma política cultural que atendesse aos diversos
setores interessados, envolvidos nesse debate. As experiências colocadas em prática por esses
dois intelectuais acabaram gerando as bases do futuro Ministério da Cultura, que seria criado
em 1985, com o advento da Nova República, e, ao mesmo tempo, abriram espaço para uma
maior complexidade do debate cultural, trazendo à tona novos protagonistas, bem como a
inserção de novas temáticas e a aproximação com a indústria cultural, produzida e veiculada
pelos meios de comunicação, principalmente a televisão.