Resumen:
"AINDA MUITO POUCO DIVULGADA, NÃO SE TEM sequer noção do volume que pode ter a correspondência de Murilo Mendes. Todavia, independentemente da quantidade, sua significação pode ser avaliada não só pela importância do autor, mas concretamente pelo que indiciam umas poucas cartas já tornadas públicas. No Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, encontram-se cartas de Murilo Mendes dispersas pelos arquivos de alguns escritores. Além de o conjunto delas não ser grande, não se tem também um número significativo de cartas dirigidas a um único destinatário. Em vários casos encontra-se uma única carta para o destinatário, como é o caso, por exemplo, de Andrade Muricy e Manuel Bandeira. Assim, em geral, não se tem a documentação de uma correspondência com continuidade ou duradoura, mas exemplares isolados. Esta, porém, é apenas uma verificação inicial; é preciso ainda tentar definir se esses exemplares isolados de correspondência são de fato o que se passou ou se são somente o que foi preservado, supondo-se então algum extravio temporário ou perda definitiva de peças do conjunto. Isto implica exame de outros arquivos, de modo especial o do próprio Murilo Mendes (quando se tornar disponível), onde a presença ou ausência da contraparte das correspondências é dado fundamental; estudo das relações entre os correspondentes; datação dessas relações e das correspondências.