Resumo:
Alguns exemplos recentes de poesia argentina e brasileira podem servir para explorarmos formas da resistência visíveis na arte mais contemporânea que pareceriam já não depender de uma base fundacional, mas, muito pelo contrário, se ancorar precisamente numa destituição estendida do sujeito que, no entanto, não supõe a desaparição do sujeito, mas apenas a claudicação do seu poder soberano. Este trabalho visa pensar as ferramentas teóricas necessárias para descrever essas novas formas da resistência e suas conseqüências mais imediatas para um pensamento sobre a estética contemporânea a partir de uma leitura de O roubo do silêncio, de Marcos Siscar, e Punctum, de Martín Gambarotta.