Resumo:
O presente trabalho visa compreender como ocorre a gestão arquivística em museus e a
relação com o fazer museológico. Nesta perspectiva, a pesquisa foi realizada em dois museus
nacionais, localizados na cidade do Rio de Janeiro, o Museu Histórico Nacional (MHN) e o
Museu da República (MR), vinculados ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Para tanto,
realizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado, valendo-se do método de entrevista
remota, consultas aos regimentos internos, relatórios e organogramas dessas instituições, entre
outros documentos. As entrevistas foram dirigidas aos responsáveis da: Direção, Museologia e
Arquivo. Os dados coletados foram avaliados e os resultados apresentados. Trata-se de um
estudo de caso comparativo através de uma abordagem qualitativa. A partir das diferenças entre
arquivo e museu e através de um olhar arquivístico, verificaram-se e compararam-se, em ambas
as instituições: as práticas de formação e gestão de acervos arquivísticos; a forma pela qual os
documentos arquivísticos foram ou não são inseridos nos diálogos com as atividades
museológicas e como se deu a forma de acumulação de tais acervos pelas instituições. Este
estudo traz contribuições às discussões relacionadas à gestão arquivística em museus. Além
disso, oferece dados para pesquisas futuras.