Resumen:
Na virada do século XIX para o XX, muitos intelectuais e artistas buscaram alternativas à experiência de um mundo excessivamente racionalizado, resultado de um processo histórico de individualização e homogeneização das relações sociais, ao longo dos dois séculos precedentes. Uma dessas alternativas constituiu-se na modelagem de subjetividades heterogêneas e ambivalentes e no desenvolvimento de uma sensibilidade cosmopolita. Neste artigo, pretende-se analisar dois casos em que se manifesta esse tipo de subjetividade: o do ficcionista norte-americano Henry James e o do escritor e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco. Ambos foram adeptos de um tradicionalismo à inglesa e buscaram construir identidades heterogêneas inspiradas na flexibilidade britânica.