Resumo:
As ações da sociedade civil para garantir a inserção da dança no âmbito das
políticas públicas para a cultura no Brasil constituem-se como verdadeiras “manobras
de distensão” de nódulos estruturais que omitiram historicamente da sua conjuntura a
dança, em sua diversidade, e, principalmente, a sua produção emergente, sua natureza
experimental. Neste âmbito, destacamos, entre finais dos anos 70 e início dos 80, as
ações de grupos independentes e da Universidade Federal da Bahia, através da Oficina
Nacional de Dança Contemporânea. O texto aqui apresentado se constitui num garimpo
de discursos e textos de profissionais, da imprensa e de instituições, a partir dos quais
levantamos vestígios de ações que se voltaram para legitimar a dança em seu formato
emergente e experimental e garantir a permanência de grupos e fazedores