Resumo:
O presente artigo analisa as disputas em torno das representações do patrimônio
nacional entre os anos de 1967 a 1984. As disputas em torno das representações do
patrimônio nacional envolviam dois sujeitos sociais: Renato Soeiro e Aloísio Magalhães,
tendo como contexto social o regime militar. O primeiro é tributário de uma concepção de
patrimônio restrita aos bens culturais de origem luso-brasileira; o segundo trabalhava com
uma noção de patrimônio alargada, contemplando a diversidade da cultura brasileira. O
resultado dos litígios em torno da definição do que seria o patrimônio nacional, foi o
tombamento das técnicas de fabricação de vinhos de Caju da Fábrica Tito e Silva e o maior
envolvimento dos grupos sociais nos mecanismos governamentais de preservação do
patrimônio.