Resumo:
Este artigo tem o objetivo de apontar que, ao longo dos últimos 25 anos, as
políticas públicas, desenvolvidas pelo Estado brasileiro, no âmbito do audiovisual e infância,
foram ganhando, cada vez mais, uma forte justificativa cultural para sua implantação, o que
até então parecia estar muito mais restrito à esfera educativa. Tal direcionamento pode ser
explicado por estudos e legislações nacionais e internacionais que, desde a segunda metade do
século XX, vinham indicando novo lugar para a infância na sociedade. Hoje, a defesa de uma
política pública de produção audiovisual para a infância, não apenas pelo viés educativo, mas
também cultural, parece estar compreendido, disseminado e assimilado por gestores públicos
e sociedade, o que não significa, na prática, a sua efetiva concretização.